Quando os portugueses se aportaram aqui, lá pelos idos de 1500, trouxeram no bojo dos degredados a devoção a Maria Santíssima, que com o tempo e os fatos apresentados foi se proliferando em vários codinomes de Maria, Nossa Senhora, porém a intenção na devoção continua a mesma, àquela que no alto do madeiro foi instituída, por Jesus, como a Mãe de todos nós:__Filho eis ai tua Mãe! Mulher eis ai o teu filho! Então com tráfico humano vindo de além mar, começa um dos períodos mais conturbados de nossa história, quando o homem torna de fato o lobo do homem, ao fazer de seu irmão de cor a “mercadoria” mais disputada pelo mercado escravagista. Na escuta dos rogos e lamentos oriundos das senzalas, Maria se compadece e se apresenta aos pescadores, quando esses lançam as redes no Rio Paraíba, em uma imagem negra, mostrando com isso o repúdio à pratica escravagista. Vale ressaltar que a pesca naquele dia foi farta, contrariando a temporada da não pesca. Consoante a esse milagre a devoção à Nossa senhora, já com um novo codinome: Aparecida começa a se difundir em todo o Brasil. Então em 1930, através do Papa Pio XI Nossa Senhora da Conceição Aparecida é proclamada como Padroeira do Brasil e o seu dia sendo 12 de outubro.
Se puxarmos pela nossa memória constataremos que nas tardes de nossa infância, mais precisamente às 15:00 h, em cada casa que tinha rádio, o mesmo era sintonizado na Consagração de Nossa Senhora Aparecida, quando podíamos acompanhar com muito fervor a bela oração conduzida pelo Pe. Vitor. E ontem no Santo Sacrifício da Missa Pe. Paulo Marcelo rezou essa mesma oração, diante da imagenzinha de Nossa Senhora Aparecida, a saber:
Ó Maria Santíssima, que em vossa querida Imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil; eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia prostrado a vossos pés consagro-vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.
Consagro-vos minha língua, para que sempre vos louve e propague vossa devoção.
Consagro-vos meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas.
Acolhei-me debaixo de vossa proteção.
Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja.
Amém!
Por João Bosco de Melo – PASCOM
Dores de Campos, 13 de outubro de 2016