Segundo pesquisa realizada na Wikipédia a devoção a Nossa Senhora do Rosário começou na região do Congo (África) por meio dos Dominicanos e portugueses, região esta que alimentava o tráfico de escravos para o Brasil e resto do mundo, pois se reconhecia em Maria, Nossa Senhora do Rosário, a mãe dos pretos que aliviava suas dores, seus sofrimentos. E para formatar os rosários os escravos recolhiam um capim, ainda conhecido por muitos aqui em Dores de Campos, cujas contas grossas/sementes são denominadas como: lágrimas de Nossa Senhora.
Registra que as Irmandades dos Homens Pretos foi fundada, primeiramente, na cidade do Rio de Janeiro em 1640 e em São João del Rei em 1708. Dai se espalhou por todo o território nacional.
Aqui, em Dores de Campos, cidade Mariana, não poderia deixar de conceber à Maria Santíssima, Nossa senhora do Rosário, a homenagem, a demonstração de amor e devoção de toda a comunidade. Tal homenagem teve início com os cantos proferidos pelo conjunto de Congada até o início da Missa Festiva. Na homilia sobre o Evangelho de Marcos (10, 46-52), onde o cego Barimeu, filho de Timeu ousa, com a propriedade da fé, reivindicar a Jesus a sua visão, Pe. Paulo Marcelo discorreu com profundiade sobre a cegueira preguiçosa e tendenciosa que impera sobre a vontade dos muitos cristãos e demonstrou a todos, com a propriedade de sempre, que para a retomada de uma visão pura, Cristã basta, tão somente, vivênciar a Igreja, não personificada nos templos, mas nas intenções e gestos de cada um, nas relações interpessoais.
A coroação se deu pelo presidente e por uma integrande do Conjunto de Congada, após a breve procissão pelas cercanias da Capela de Nossa Senhora do Rosário.
Logo em seguida houve movimento de barraquinhas.
Foi uma homenagem bonita, como tudo que é simples!
P/ João Bosco de Melo
Dores de Campos, 28 de outubro de 2012