Caros paroquianos, como já é sabido da grande maioria, quando Jesus fazia algum milagre, mediante a uma deficiência, e essa deficiência era considerada, pelo farisaísmo, uma conseqüência de algum pecado, Ele aconselhava a todas as pessoas a irem ao Templo se purificar e se apresentar aos Sacerdotes. Isto era muito comum naquela época, fazia parte do preceito judaico.
Quando Jesus nasceu, a lei judaica já prescrevia a impureza na mulher que dava a luz, e a impureza ao primogênito. Como Maria deu a luz ao primogênito, ficou caracterizado perante a lei, 02 tipos de impureza, à mulher prescrevia ficar em casa durante quarenta dias e ao primogênito oferecê-lo a Deus e depois resgatado por uma certa quantia. Vale ressaltar que o ritual em relação ao primogênito se remonta à graça concedia aos pais, quando o Anjo Exterminador feriu de morte em uma noite todos os primogênitos egípcios (última praga-Êxodo).
Após 40 dias do nascimento de Jesus, José, Maria e o Menino saem de Belém e vão a Jerusalém para a cerimônia de purificação. Devido aos recursos parcos da família, o que deveria ser feito por um cordeiro, acaba sendo feito por duas rolinhas, indicando com isto a extrema pobreza. Ao chegar em Jerusalém e bem próximo ao Templo Maria e José são interpelados pelo velho Simeão, um homens de profunda fé, vislumbra no Menino o Salvador, o Messias, e faz a profecia: “Mulher, este Menino será motivo de queda e soerguimento e sinal de contradições e uma espada traspassará o seu coração a fim de que sejam revelados os pensamentos de muitos corações!” Maria e José sofriam calados.
Hoje já não se faz necessário a oferta de sacrifícios em holocaustos, pois quando vamos à Missa, Jesus se faz presente, como corpo imolado na Santa Eucaristia, fazendo com isto que sejamos purificados de nossas iniqüidades, dando-nos a chance de sermos homens novos. Cabe, semente a nós, termos a fé nas intenções e a humanidade nos gestos, para que o mundo se torne melhor, fazendo jus ao sacrifício do Cordeiro imolado no madeiro da Cruz.
Tenhamos a consciências de que o nosso proceder não deve obedecer somente a critérios puramente de tradição, mas sim em uma fé verdadeira.
João Bosco de Melo
Dores de Campos, 30 de janeiro de 2010
PASCOM