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abr 16

Semana Santa 2014

13/04 – Domingo de Ramos

001Com o canto antífonal “Pueri Hebraeorun” (Filhos dos Hebreus), executado pela Orquestra Lírica para Motetos (Lira Nossa Senhora das Dores) deu-se início à Semana Santa 2014 uma das maiores representatividades da Fé Católica, quando procura rememorar os últimos passos de Jesus a Caminho de Sua morte e ressurreição. Vale ressaltar que antes desses momentos supremos houve muitos momentos reflexivos, através das Vias Sacras tradicionais (no interior da Igreja Matriz e através das ruas: Capela N. S. do Rosário à Igreja Matriz N. S. das Dores), da Campanha da Fraternidade tendo como escopo o tema: Fraternidade e Tráfico Humano _ É para a Liberdade que Cristo nos Libertou, ficando essa a cargo da Pastoral Familiar e pelo Setenário das Dores de Nossa Senhora realizado na Matriz N. S. Das Dores, quando Pe. Paulo Marcelo, através de suas belas e profundas homilias conseguiu arrebanhar uma multidão de fiéis, nos sete dias. Tendo nas mãos ramos verdes, tal qual aos hebreus (que ostentavam ramos de oliveira às portas de Jerusalém ante a entrada triunfal de Jesus) a procissão de fiéis seguiu em direção à Matriz, para o encerramento da Missa Festiva, que iniciou-se na Capela N. S. do Rosário. Sendo que o diálogo do Evangelho foi representado por várias vozes, relacionado à visão que Jesus teve do futuro iminente que o aguardava , consoante à festividade que estava acontecendo.

À noite, após a Missa das 19:00 h aconteceu o depósito do Senhor dos Passos da Matriz N. S. das Dores à Capela N. S. do Rosário, terminando o cerimonial com a imagem sendo incensada pelo Pe. Paulo Marcelo ao som do Moteto dos Passos executado pela Orquestra Lírica para Motetos (Lira N. S. das Dores).

14/04 – Segunda-Feira Santa

Apesar do tempo prenunciando chuva a Capela Nossa Senhora do Rosário, logo cedo, mais precisamente às 07:00 h, se encontrava repleta de fiéis para a participação da Santa Missa, quando de maneira competente o Pe. Paulo Marcelo exaltou a mensagem contida na Primeira Leitura Is 42, 1-7 e do Evangelho Jo 12, 1-11, que Jesus, sempre, se fará presente em nossas vidas. Em seguida deu-se início à Rasoura de Nosso Senhor dos Passos (pequena procissão em torna da Capela) musicada por uma comovente Marcha Fúnebre, executada pela Lira Nossa Senhora das Dores.

Dando sequência, às 09:00h foi celebrada a Missa para os enfermos , quando o Pe. Paulo Marcelo exaltou, comoventemente, a visita de Jesus à casa do amigo, nos mostrando com isso, que devemos resgatar em nós essa prática, pois na mesma podemos conhecer as aflições de um ente querido e socorrê-lo fazendo-nos partícipes do seu sofrimento, no intuito de atenuá-lo.

À noite, apesar da chuva iminente, que se insinuava pelo vento frio, começa a procissão, quando Nosso Senhor dos Passos rumava ao encontro de Nossa Senhora, através da calçada molhada, onde da mesma não se vislumbrava janelas abertas, apenas um silêncio, entrecortado pelo som das Marchas fúnebres. Em meio ao trajeto a chuva se fez presente, fazendo com que a procissão fosse direta para a Matriz. Após a execução de um Moteto (Lira Nossa Senhora das Dores), Pe. Saulo José Alves, no alto do púlpito, começa uma profunda e competente reflexão sobre as cenas: do Encontro e do Calvário salpicadas de biligualidade Latim/português, para expor de maneira precisa e comovedora a razão irracional, para muitos, da sordidez humana “Ecce homo! Venit hora ut clarificetur filius hominis!” (Eis o Homem! É chegada a hora em que o filho do homem vai ser glorificado!). Do presbitério Jesus, na Cruz, acompanhado de Maria Santíssima, Maria Madalena, João e pela representatividade do jugo romano olhava ternamente a turba de fiéis, que se fazia presente.

Parabéns Pe. Saulo, pelo comovente sermão! Obrigado Pe. Paulo, por conceder ao seu rebanho reflexão tão profunda!

15/04 – Terça-Feira Santa

Apesar do frio causado pela forte chuva do dia anterior a Matriz Nossa Senhora das Dores se fez cheia de fiéis na expectativa de ouvir mais uma bela homilia proferida pelo Pe. Paulo Marcelo, que de forma competente contrapôs o Evangelho Jo 13,21-33.36-38 aos dias atuais, quando a torpeza e a vilania se fazem presentes nas relações humanas, tal qual às pressentidas por Jesus e confidenciadas ao discípulo João na Instituição da Eucaristia.

À noite, na Celebração da Penitência para os Casais, Pe. Paulo Marcelo usou da sutileza do humor, para tratar de assuntos sérios que envolvem a vida em comum dos casais, tornando leve o que era grave. Asseverou, com propriedade, que o pecado inserido na trivialidade do dia a dia, através da omissão, do mascaramento de problemas é o grande fator para a implosão das relações pessoais e, por conseguinte, familiares.

Já na Missa Festiva da Páscoa para Casais e Viúvos exaltou, mais uma vez, tal qual pela manhã, que é a ambição desmedida que leva à degradação humana, através das artimanhas da mentira, da traição e mostrou que o fator curativo para todo esse mal será uma vida de oração dentro da Família e a busca pelo equilíbrio moral, através do estreitamento franco das relações. Ao que foi ratificado de forma brilhante pelo Casal: Sra. Sueli do Deca e Sr. Zé do Canela (perfazendo um período de vida em comum de 44 anos). Vale ressaltar o brilhantismo do evento ao casal: Sra. Vilmara e Sr. Wellington (Coordenadores da Pastoral Familiar), que a todo o momento distribuíram rosas brancas aos que participaram, ativamente, dessa Cerimônia Festiva. Ao final todos os casais, que casaram no mês de abril, foram convidados a subirem no presbitério para a benção.

Findada a Missa começa o cortejo do depósito de Nossa Senhora das Dores em direção à Capela Nossa Senhora do Rosário, abrilhantada pela Sociedade Musical São Sebastião. Uma vez, que a Imagem de Nossa Senhora chegou à referida Capela, a Mesma foi incensada ao som do belo Moteto de Nossa Senhora das Dores: O vos omnes qui transitis per viam / Attendite et videte si est dolor sicut dolor meus…(Óh vós que passais pelo caminho / Tomai cuidado e vê se há dor como a minha dor…) executada pela orquestra de Moteto da Sociedade Musical São Sebastião sob a batuta do jovem e competente maestro Silas Silva.

Mais uma vez a Fé se fez realçar em Dores de Campos.

16/04 – Quarta-Feira Santa

001Obedecendo à programação, hoje, quarta feira 16 de abril, começou a festividade com a Missa das 07:00 h, quando Pe. Paulo Marcelo de forma assertiva conseguiu exaltar as nuances das variações sobre o mesmo tema contidas no Evangelho Mt 26, 14-15, bastante similar ao de Jo 13, 21-33.36-38, narrado ontem, uma vez que os mesmos são sinópticos (que têm os mesmos ponto de vista em relação a fatos e circunstâncias), sobre a traição de Judas e de Pedro. Tanto que na Celebração Comunitária da Penitência e na Missa Festiva da Páscoa dos Jovens e Solteiros, o mesmo tema voltou à baila, só que vinculados à vulnerabilidade da juventude, no processo da formação do caráter, consoante à degradação moral oferecida por certos setores da sociedade.

Com a Igreja repleta de Jovens vinculados à juventude de São Domingos Sávio teve início à Santa Missa, quando em todos os momentos Pe. Paulo Marcelo usou da sutileza oferecida pelo humor, para a evangelização cabível à celebração. Ao findar a celebração convidou a todos os jovens aniversariantes, para subirem ao presbitério, e conclamou aos demais, para cantarem “Parabéns a Você”.

Uma vez já estando todos os fieis defronte à Capela Nossa Senhora do Rosário deu-se a procissão da Soledade de Nossa Senhora pelas ruas e passinhos à procura de Jesus, mas a constâncias do motetos vão lhe relembrando que tais buscas se desencadearão em acontecimentos funestos. Para compor o triste cenário uma chuva quase imperceptível caia, silenciosamente. Vale informar, que tal procissão é a continuação da rasoura ocorrida às 9:00 h, quando Maria em volta da capela, sua casa, sai para procurar Jesus na intenção de vê-lo chegar e na constatação correr para abraçá-lo. A celebração findou-se, na Matriz, quando a imagem da Senhora da Soledade foi incensada ao triste som do moteto “Miserere” (Misericórdia) executado pela Orquestra de Motetos da Sociedade Musical São Sebastião, sob a batuta do maestro Silas Silva.

17/04 – Quinta-Feira Santa

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Quinta-feira, primeiro dia do Tríduo Pascal (conjunto de três dias anteriores à Páscoa) ao qual se celebrou, na Catedral Nossa Senhora do Pilar em São João Del Rei, a Missa do Crisma ou dos Santos Óleos, quando um casal de cada a paróquia pertencente à diocese, participou do Santo Evento. A nossa paróquia (Nossa Senhora das Dores) foi representada pelo casal Sr. Anderson Lopes e Sra. Adriana Lopes, que em sua ligação matrimonial representaram, também, a unidade de todas as famílias dorenses. Os mesmos foram responsáveis para trazerem os Santos Óleos, em número de três, a saber: Óleo dos Enfermos (para unir a fronte e a palma da mão),  Óleo dos Catecúmenos (quem se prepara para o batismo é usado para ungir o peito) e o Óleo do Crisma (usado para ungir altares e, também, o corpo sacerdotal da Igreja, quando de suas ordenações). Ouvi certa vez, em uma reportagem televisiva, que a tradição do óleo vem da consequência, de quando usado, fazer a pessoa brilhar, simbolizando com isso a alegria de estar no mundo.

À noite, na Missa Solene da Instituição da Eucaristia, também, chamada Missa do Lava Pés, Pe. Paulo Marcelo, na representatividade de Jesus, adentra pela nave seguido dos doze apóstolos que irão participar da última ceia, sendo que ao numeral dos mesmos, foram divididos em 02 grupos: 06 de paroquianos casados e de idade um pouco avançada e de 06 jovens. Já no presbitério iniciou-se, após a homilia das leituras Êx 12,1-8.11-14 / 1Cor 11,23-26 e do Evangelho Jo 13,1-15, a representação do cerimonial do Lava Pés foi-se adequando a cada momento da homilia que acabara de ser proferida. Aproveitando o gancho, Pe. Paulo Marcelo apresentou á assembleia cada apóstolo, a saber: Pedro (líder dos apóstolos e irmão de André), André (primeiro a ser convocado por Jesus, era irmão de Pedro), João (o discípulo amado de Jesus, era o mais novos dos apóstolos e era irmão de Thiago Maior), Thiago Menor (filho de Alfeu e identificado, quase sempre, como sendo primo de Jesus), Mateus (cobrador de impostos, era chamado, também, de Levi), Tomé (o incrédulo, que tinha de ver para crer), Bartolomeu (sua lealdade era conhecida por Jesus), Judas Tadeu (irmão de Thiago, o menor), Simão (Conhecido como Simão, o zelote, por pertencer a esse grupo radical que lutava contra os romanos), Filipe (aquele que, segundo o Evangelho de João, desafiou a Jesus a mostrar Deus) e por fim Judas Iscariotes (o antagonista da história da salvação, conhecido pela traição a Jesus). Foi uma missa bastante catequética, onde foi ressaltado que o lavar o pé um dos outros é se nivelar à condição do outro, é se mostrar que, independente dos títulos, somos todos iguais, ou como diz um jargão: Somos vinho da mesma pipa. E Jesus nos deu prova disso, quando se curva ao chão para lavar as impurezas dos pés e bafejá-los com seu hálito sagrado, através de um beijo. Mostrando que a partir daquele momento com a fração do pão estava instituída a Eucaristia (o maior legado da Igreja Católica), o sacerdócio e a primeira célula da Igreja Católica. É bom observar que as demais denominações Cristãs advieram da Reforma Protestante, por Martinho Lutero. Ao final Pe. Paulo Marcelo em procissão expos o Santíssimo Sacramento da Eucaristia para ser adorado até as 24:00h.

Sinto que essa Semana Santa está sendo mais Santa do que as pretéritas!

18/04 – Sexta-Feira Santa

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O dia amanheceu silencioso, em obediência a uma tradição religiosa secular, uma vez que já é sabido que em tal data, hoje representada, Jesus foi julgado e condenado à morte. Porém, obedecendo à programação litúrgica, previamente estipulado, os trabalhos tiveram início às 09:00 h a Celebração Comunitária da Penitência em atendimento aos que ainda não haviam se confessado. Às 13:00 h foi realizada a última Via Sacra de Jesus a caminho do Gólgota e às 15:00 h, horário de sua morte, deu-se início a ação solene, quando Pe. Paulo Marcelo acompanhado de um acólito e do seminarista Pablo Moreira prostram-se ao chão em referência à morte de Jesus, morte esta que permitiu a rasgadura do véu do templo para que o caminho ao Pai nos fosse permitido. A pesas da Matriz estar repleta de fies, o silencio se fez presente, para que o Evangelho de Jo 18,1-19,42 anunciasse e detalhasse a Paixão e Morte de Jesus Cristo. Na sequência Pe. Paulo Marcelo explorou, em uma homilia perfeita, as nuances permitidas pela contextualização do mesmo.

Em seguida a Cruz foi conduzida em procissão solene, através da nave da Matriz, pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, para que todos pudessem venerar e beijar a imagem de Jesus. Dando sequência o Santíssimo Sacramento foi conduzido em procissão até o presbitério, por todos os Ministros da Eucaristia, para que o Corpo e Sangue de Jesus fossem compartilhados, em Comunhão, por todos os fiéis.

Às 20:30 h um aglomerado de fiéis presenciava a cena do calvário conjuntamente com um belo e profundo sermão do Descendimento da Cruz conduzido pelo Pe. Rondineli Cristino (vigário do Santuário Nossa Senhora de Nazaré/Nazareno), quando contextualizou toda a sua fala na Boa Nova professada por Jesus Cristo, fator esse que quando assimilado de forma correta, transforma a vida de todos num manancial de venturanças. E asseverou, que toda depravação do mundo é oriunda da falta de comprometimento e fidelidade do sim proferido pelos cônjuges no altar. Mostrando com isso que tudo começa na Família, célula primeira para uma sociedade saudável ou doente.

Terminado o sermão começa, pelas ruas, a transladação do corpo de Jesus, em procissão solene até o seu sepulcro, representado pela matriz, quando enfim o seu corpo pôde ser beijado, respeitosamente.

19/04 – Sábado Santo

01Sábado, mais precisamente 19 de abril, comemorou-se a Missa Solene da Vigília Pascal, marco da Ressurreição, quando Jesus Vence a morte, quando todos têm um sentimento de “Aleluia” (palavra de origem hebraica que externaliza um sentimento, algo que foi desejado e conquistado).

A celebração começou em procissão, onde todo o ambiente, em trevas, começa a ser iluminado pelo Círio Pascal, uma grande vela, quando vai emprestando o seu lume a cada pequena vela soerguida das mãos dos fiéis, na representatividade que Jesus Cristo está em cada um, mostrando um futuro cheio de esperanças. Nesse momento o Pe. Paulo Marcelo suspendia o Círio pascal e professava: Eis a Luz de Cristo (Lumen Christi); e os fiéis que lá estavam respondiam: Graças a Deus (Deo gratias). Vale ressaltar que o Círio Pascal contem gravado em si duas letras provenientes do alfabeto grego, sendo que Alfa é a primeira letra e o Omega a última, significando o princípio e o fim, mostrando com isso que Jesus, em sua atemporalidade, é o soberano de todas as coisas.

Durante a celebração foram feitas várias leituras do Antigo Testamento e do Novo Testamento, traçando, através dos acontecimentos narrados, o dia para a glorificação do Filho de Deus, aquele que disseminou em sua breve vida toda a bondade e justiça do Pai. Vale ressaltar que Cristo (em hebraico significa: o Messias e em grego significa: o Ungido) é a Luz do Mundo, o lume para orientar nossa conduta, nosso caminho. Em um determinado momento a escuridão foi rompida com o acendimento das luzes e os sinos começaram a repicar conjuntamente com a execução do Glória pela Orquestra Lírica para Motetos (Lira Nossa Senhora das Dores), na intenção de proclamar ao mundo, que a morte foi vencida, que a Ressurreição de Jesus Cristo aconteceu. Após a quarta leitura a orquestra começa entoar o Aleluia, para que seja proclamado o Evangelho Mt 28,1-10, quando na homilia Pe. Paulo Marcelo destaca a certeza de Maria em relação à Ressurreição de Jesus, uma vez que a Mesma não vai ao sepulcro vazio e exorta a todos, para que não tenham uma fé vacilante e sigam o exemplo Desta, que foi o pivô da nossa salvação. Pois não existiria Jesus, sem Maria.

Após a Ladainha de todos os Santos deu-se início à benção da Água Batismal, quando o Círio Pascal é mergulhado na mesma , para que seja santificada e preparada para os batizados que, certamente, ocorrerão no Domingo de Páscoa. E antes que seja conduzida ao Batistério, Pe. Paulo, tomando da mesma, percorre toda a Igreja aspergindo os fiéis.

Uma vez terminada a comunhão começou a procissão, contornando o quarteirão da Igreja, ao som do Hino Nacional e de outras marchas exaltando a alegria do momento. Os festejos do dia foram terminados com a Benção do Santíssimo Sacramento.

20/04 – Domingo da Ressurreição

Domingo, 20/04/2014, comemorou-se a Páscoa, palavra advinda do hebreu “Peseach”, que significa Passagem, quando Moisés conduziu o povo hebreu para libertação, para a terra prometida. E para nós Cristãos a Páscoa significa que a ressurreição de Jesus é o ápice de nossa libertação, uma vez que o Mesmo passou da morte para a vida eterna. E o processo de nossa salvação está intrinsecamente ligado à Maria, Sua Mãe, nossa Mãe, pois desde a anunciação de Jesus Ela aceitou com carinho e resignação a missão, que adviria a salvação do mundo, pelo sangue do Cordeiro imolado no madeiro da cruz. E foi seguindo essa intenção que Pe. Paulo a exaltou na homilia do Evangelho de Jo 20,1-9, de forma belíssima, a sua certeza na Ressurreição. Rememorando todos os momentos da Semana Santa lançou um argumento a ser seguido, que a partir de então, até a próxima Semana Santa, todos deverão viver de forma mais condizente com a prescrita pelos evangelhos, o que me levou a lembrar da obra de um escritor grego Nikos Kazantzakis, na qual um padre de uma aldeia grega dominada pelos turcos lança esse mesmo desafio, ao escolher os personagens, que vivenciariam a Paixão de Jesus Cristo e para tanto deveriam levar uma vida santa, só que o desfecho dos acontecimentos leva Jesus a ser recrucificado, com o mesmo requinte de crueldade. Nome da obra: “O Cristo Recrucificado”. È claro que a nossa caminhada de fé abrirá os olhos de nossa consciência, para nos libertar de toda a tendência ao mal, não deixando que crucificação não aconteça, novamente.

Vale ressaltar, em breve narrativa, uma vez que somos de formação Mariana, a história Dessa, que conjuntamente a Jesus foi a protagonista no processo da salvação. __ A partir de Sua união com José e o nascimento de Jesus na simplicidade da manjedoura inicia-se uma família cristã simples e honesta, que será a incubadora da salvação da humanidade. As visitas da família ao templo eram constantes e desde criança Jesus demonstrava seus dons de liderança e oratória conversando com os doutores, mas quando Ela O perdeu, em uma dessas visitas, demonstrou todo carinho de uma mãe zelosa. Da infância até a vida adulta Ela foi uma pessoa essencial na vida do salvador, tanto que nas bodas de Caná foi a precursora do primeiro milagre de Jesus, que foi a água transformada em vinho. A partir desse momento Jesus faria muitos milagres e pregações e para tanto seria alvo da inveja dos romanos e doutores do templo, que o condenariam a morte de cruz. Até nos momentos de intensa penúria Ela o acompanharia até O receber em seus braços “morto”, prefigurando a obra decisiva de Michelangelo “La Pietá” (Piedade) em exaltação à dor de uma Mãe que perdeu o Filho. No entanto depois do sumiço do corpo sabia que Jesus tinha ressuscitado dos mortos e alcançado o reino dos céus. Para tanto recebeu o título de Maria da Glória, consoante à Ressurreição de Jesus. Para tanto devemos render graças, sempre, a Essa Mulher que com o seu “Sim”, fez-se ponte para chegarmos ao Pai, através de seu filho Jesus.

Uma vez terminada a celebração da Santa Missa deu-se início à procissão de Maria da Glória, toda de branco, a proclamar a vitória de Jesus e a certeza que ele estará, sempre, junto do Pai, a velar por todos nós. Consoante aos chuviscos que começaram durante o trajeto da procissão, a mesma teve que ser reduzida ao quarteirão da Matriz. Uma vez terminada a procissão começou de forma arrebatadora e comovente a Benção do Santíssimo Sacramento, quando Pe. Paulo Marcelo com a voz travada pela rouquidão conclamou a todos a louvar o Santíssimo e a pedir graças por suas famílias, por seus anseios, por seus medos, quando de forma sobrenatural, a rouquidão desaparece, completamente, de sua voz, tornando a mesma límpida e potente. A esse momento muitos se emocionaram na certeza que Jesus é o Bom Pastor a nos conduzir pelos verdes prados até a casa do Pai. Amém!

Vale ressaltar que a pequena narrativa da vida em família de Jesus, Maria e José, dessa matéria, deveu-se à colaboração de Sirlene Aliane.

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